sábado, 25 de março de 2017

IDR ou DR e DDR - Qual a diferença?

IDR é a sigla para Interruptor Diferencial Residual, DR é a sigla para Diferencial Residual, o que demonstra que DR é outra maneira de nomear o IDR. DDR é a sigla para Disjuntos Diferencial Residual. O IDR se diferencia o DDR, pois ele não funciona como disjuntor, o que é o caso do DDR. IDR atua somente em casos de corrente de fuga, não de curtos circuitos. Já o DDR funciona como disjuntor e também em casos de corrente de fuga.

Função do IDR

O Interruptor Diferencial Residual tem a função de desligar automaticamente o circuito caso exista um corrente de fuga que ultrapasse 30 mA, ou seja caso ocorra um fuga de corrente maior que 30 mA, o IDR reconhece e desliga automaticamente o circuito. O IDR tem essa característica para proteção contra choques elétricos. Esse valo de 30 mA é justamente escolhido para proteção dos seres humanos, pois está é a intensidade máxima que um ser humano pode suportar. Alguns IDRs também podem apresentar este valor com variações, não exatamente 30 mA, pois são específicos para proteção de máquinas ou equipamentos, e este de 30mA é exclusivo para proteção de seres humanos contra choques elétricos.

Funcionamento do IDR

O IDR tem um funcionamento simples. Internamente ele possui um Núcleo Toroidal onde são enrolados os cabos que se deseja monitorar. Nos polos de entrada do IDR são conectados os cabos fase e neutro (dependendo do modelo usado). Entres esses cabos existe uma diferença de potencial (voltagem ou tensão) e é a partir dela que flui a energia elétrica. Se pelo cabo fase entra 10 A e estes mesmo saem pelo cabo neutro, o IDR permanece armado, mas caso isso não aconteça, o IDR entende que existe uma fuga de corrente, a partir dai os dispositivos internos do IDR calculam este valor de fuga, caso ele seja maior que 30 mA o IDR desarma o circuito. O neutro serve para fazer a leitura, para entender se está sendo perdido em algum instante e por algum motivo o valor de corrente que entrou pelo cabo fase.

Características construtivas

O IDR possui o que chamamos de polos, por onde são conectados os cabos que se deseja monitorar. A quantidade de polos do IDR pode variar de acordo com o modelo, que pode ser tetrapolar, bipolar e etc.
Na prática, imagine que alguma pessoa encostou-se a em algum ponto do circuito e está submetido ao choque elétrico. Neste momento parte da corrente elétrica é transferida para o seu corpo, ao invés de fazer o “caminho” adequado, nisto o IDR sente falta desta parte da corrente e em função do valor (30 mA) desarma este circuito, em questão de segundos, interrompendo também o choque que esta pessoa está sofrendo.
Algumas informações são dispostas na superfície do IDR, tais como:
  • In = corrente de trabalho, quantificada em amperes em amperes;
  • Corrente de desarme, quantificada em amperes;
  • Tensão de trabalho, quantificada em volts;

IDR na norma NBR-5410

A NBR-5410 estipula as condições mínimas necessárias para um funcionamento adequando e seguro das instalações de baixa tensão. A NBR-5410 no item 5.1.2.2 fala sobre a obrigatoriedade do uso de IDRs em:
  • Em circuitos que sirvam de ponto de utilização situados em locais que contenham chuveiro ou banheira;
  • Em circuitos que alimentem tomadas situadas em áreas externas à edificação;
  • Em circuitos que alimentem tomadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos nas áreas externas;
  • Em circuitos que sirvam de pontos de utilização situados em cozinhas, copas, lavanderias, áreas de serviço, garagem e demais dependências internas molhadas ou sujeitas à lavagem;
A norma não especifica a obrigatoriedade deste dispositivo por ponto, por circuito ou por grupo de circuito. Mas não é recomendada a utilização de apenas um IDR para toda instalação elétrica residencial.

http://profissionaisdaeletrica.blogspot.com.br/2016/03/idr-dr-e-ddr-qual-diferenca.html

sexta-feira, 24 de março de 2017

O que é DPS? Conheça os Dispositivos de Proteção contra Surtos e como eles protegem seus equipamentos contra queimas causadas por raios

Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) são equipamentos desenvolvidos com o objetivo de detectar sobretensões transitórias na rede elétrica e desviar as correntes de surto. Estes distúrbios, são mais comuns do que muitos imaginam, ocorrendo diariamente em ambientes residenciais, comerciais e industriais. Mas, como eles são gerados? E mais, que tipo de danos os surtos elétricos podem causar? Qual é a melhor proteção para os nossos equipamentos?
Essas e várias outras dúvidas serão esclarecidas a seguir, de maneira simples e prática.  Siga conosco!
O QUE É O SURTO ELÉTRICO?
Surto elétrico é uma onda transitória de tensão, corrente ou potência que tem como característica uma elevada taxa de variação por um período curtíssimo de tempo.  Ele se propaga ao longo de sistemas elétricos e pode causar sérios danos aos equipamentos eletroeletrônicos.

DE ONDE VEM O SURTO ELÉTRICO?
Os surtos elétricos são normalmente causados por descargas atmosféricas, manobras de rede e liga/desliga de grandes máquinas. Saiba mais sobre cada tipo de situação:

1.Descargas Atmosféricas
Sempre que um raio cai, seja diretamente ou próximo à uma instalação / rede elétrica, são gerados surtos. Eles podem chegar até os aparelhos conectados às redes elétricas, linhas de dados, como internet e TV a Cabo e linhas telefônicas. A grande maioria dos surtos gerados por raios são ocasionados por descargas indiretas. Ou seja, mesmo que o raio caia a quilômetros de distância, essa incidência gera um campo eletromagnético que se irradia pelo ambiente e transfere uma parcela do raio ao encontrar condutores metálicos.

2. Manobras de Rede
Outra origem bastante comum do surto elétrico se dá quando companhias energéticas fazem chaveamentos ou manobras de redes, causando a interrupção na distribuição de energia em determinados bairros ou ruas. Não apenas os blecautes, conhecidos popularmente como apagões, mas também as tentativas de religamento são grandes fontes de distúrbios eletromagnéticos, incluindo o surto elétrico.

3. Liga/Desliga de Máquinas
O que a grande maioria das pessoas não sabe, é que os surtos elétricos acontecem de maneira cotidiana devido também ao ligar e desligar de grandes motores. Os surtos podem ser gerados tanto por elevadores em prédios comerciais e residenciais; quanto por equipamentos ainda mais comuns, como aparelhos ar-condicionado ou máquinas de lavar. Todas as vezes que são ligados e desligados, estes motores geram sobretensões transitórias que podem causar danos imediatos, à médio e longo prazo aos equipamentos conectados à mesma rede de energia.

QUAIS DANOS OS SURTOS ELÉTRICOS PODEM CAUSAR?
Os principais danos causados pelos surtos elétricos são a degradação de componentes; a diminuição de vida útil de equipamentos eletroeletrônicos e até mesmo a queima instantânea destes aparelhos. Como explicado acima, existem situações difíceis de se prever, como a queda de um raio; mas também cenários rotineiros, onde equipamentos de alta tecnologia e grande valor para o dia-a-dia, podem ser danificados causando prejuízos imensuráveis.

QUEM ESTÁ EXPOSTO A ESTE TIPO DE PROBLEMA?
Absolutamente todos os ambientes que possuam equipamentos conectados à rede elétrica ou linhas de dados, como telefonia, internet e TV estão expostos aos malefícios dos surtos elétricos. Temos exemplos em diversas esferas.
Grandes companhias de energia sofrem diariamente com queimas de transformadores causadas por surtos elétricos. Empresas, indústrias e instituições dos mais variados portes e segmentos acumulam enormes prejuízos com reparo, manutenção e reposição de equipamentos eletroeletrônicos avariados pelos surtos elétricos.
Da mesma forma, eu, que estou redigindo este artigo em meu laptop; e você, que está lendo em seu smartphone, computador ou tablet; estamos à mercê dos danos causados pelos surtos. Eles podem avariar equipamentos essenciais para o nosso dia-a-dia, como geladeiras, fogões, freezers, microondas, tvs, modems de internet, receptores de tv a cabo, câmeras de segurança, portões eletrônicos, interfones e muitos outros tipos de aparelhos.
Claro, desde que não estejamos utilizando a proteção certa para este tipo de problema!

O QUE É DPS? COMO ELES PROTEGEM OS EQUIPAMENTOS?
Muito conhecida por profissionais do setor elétrico, como engenheiros, eletricistas e montadores de painéis, a sigla DPS, infelizmente, ainda não faz parte do vocabulário da grande maioria da população brasileira. Os Dispositivos de Proteção contra Surtos são equipamentos desenvolvidos para detectar a presença de sobretensões transitórias na rede e drená-las para o sistema de aterramento antes que atinjam os equipamentos eletroeletrônicos.

Os Dispositivos de Proteção contra Surtos podem ser utilizados em diversas aplicações: em redes de distribuição de energia elétrica, para proteção de transformadores e luminárias urbanas; linhas de telecomunicações; tubulações de companhias de óleo e gás; painéis de energia solar fotovoltaica; quadros de distribuição de edificações comerciais/residenciais e até mesmo conectados às tomadas, acoplados aos equipamentos que desejamos proteger.
Existem três classes de DPS:
Classe I – Dispositivos com capacidade de corrente suficiente para drenar correntes parciais de um raio. É a proteção primária, utilizada em ambientes expostos a descargas atmosféricas diretas, como áreas urbanas periféricas ou áreas rurais.  Instalados nos quadros primários (QGBT) de distribuição.
Classe II – Dispositivos com capacidade para drenar correntes induzidas que penetram nas edificações, ou seja, os efeitos indiretos de uma descarga atmosférica. Utilizados em áreas urbanas e instalados nos quadros secundários de distribuição.
Classe III – Dispositivos destinados à proteção fina de equipamentos, instalados próximos aos equipamentos. São utilizados para proteção de equipamentos ligados à rede elétrica, à linha de dados e linhas telefônicas.

QUAIS SÃO OS DPS MAIS VENDIDOS DO BRASIL?
A Clamper, sediada em Lagoa Santa – MG, é pioneira na pesquisa, desenvolvimento, fabricação e comercialização de DPS no Brasil. Líder de mercado e referência mundial no segmento de proteção contra surtos, a empresa mineira oferece soluções customizadas para grandes companhias e uma completa linha de produtos para aplicação residencial, comercial e industrial. Os DPS da Clamper foram eleitos por especialistas do setor elétrico, os vencedores dos Prêmios Qualidade 2017 e Produtos do Ano 2016.

ONDE EU POSSO COMPRAR DPS?
Os Dispositivos de Proteção contra Surtos fabricados pela Clamper podem ser encontrados nas maiores redes de materiais elétricos do Brasil. Neste link, você pode conferir qual é a revenda autorizada mais próxima de sua casa. Na internet, você pode consultar os tipos de DPS mais adequados para a proteção de seus equipamentos e também adquiri-los, diretamente na Loja Clamper (www.lojaclamper.com.br).

quinta-feira, 23 de março de 2017

Tipos de Descargas Elétricas

O que são as descargas elétricas

Antes de falarmos sobre os tipos de descargas elétricas, vamos tentar entender o que são descargas elétricas ou raios como são conhecidos.
Um raio é identificado por dois princípios, o trovão e o relâmpago. A descarga elétrica provocada pela diferença de potencial entre duas porções de matérias (terra ou nuvem) ioniza o ar em um percurso criando um plasma que emite radiação eletromagnética. Parte dessa radiação é emitida em forma de luz, a esse fenômeno denominamos o nome de relâmpago. Ao liberar este plasma, o ar se expande rapidamente gerando uma onda de choque sônica, a este fenômeno denominamos trovão.
Os raios ocorrem, pois no interior das nuvens ocorre uma eletrificação que provem da mudança de distribuição de cargas. A descarga inicia quando o campo elétrico produzido por estas cargas excede a capacidade isolante, também conhecida como rigidez dielétrica, do ar em um dado local na atmosfera, que pode ser dentro da nuvem ou próximo ao solo. Quebrada a rigidez, tem início um rápido movimento de elétrons de uma região de cargas negativas para uma região de cargas positivas. Existem diversos tipos de descargas, classificadas em função do local onde se originam e do local onde terminam.

Descargas nuvem-solo

As descargas nuvem solo, como próprio nome diz, têm sua origem na nuvem e seu caminho final no solo. São as mais comuns em nosso cotidiano e por esta razão as mais estudadas. Este tipo de descarga pode ser subdividido em duas modalidades dependentes da sua polaridade, os negativos e os positivos.
As descargas nuvem solo negativas equivalem a cerca de 90% das emissões de raios desta natureza, estes se originam no interior das nuvens que são carregadas negativamente e são descarregadas no solo.
As descargas nuvem solo positivas são mais raras mais não improváveis, ela se da normalmente no tipo de nuvens chamadas de cúmulo-nimbo, que são nuvens de formato achatados e planos. Apesar de serem raras as descargas positivas se caracterizam por serem mais destrutivas do que as negativas podendo o pico de corrente chagar a marca dos 200kA enquanto que em descargas negativas a corrente de descarga inicial e tipicamente de 30kA.

Descarga intra-nuvem

As maiorias das descargas elétricas ocorrem nesta modalidade. As descargas intra-nuvem como o próprio nome diz, ocorre entre o interior das nuvens cúmulo-nimbo carregada negativamente e segue em direção acima desta, onde comumente concentram-se cargas positivas.
Outro nome dado para raios intra-nuvem é “Anvil Crawler” (raio em árvore ou “raio aranha”, por parecer-se com uma teia de aranha se espalhando), devido às cargas serem tipicamente originadas abaixo ou dentro da bigorna (anvil), nas camadas superiores da Cumulonimbus, e normalmente geram várias ramificações que são assustadoras de se testemunhar. Esses relâmpagos percorrem grandes distâncias e se movem mais lentamente que os outros, sendo possível se observar claramente suas ramificações.

Descarga solo-nuvem

Quando temos uma estrutura muito alta como um prédio ou antena no alto do morro, ou ate mesmo um local onde as nuvens são mais baixas, podem ocorrer às descargas chamadas de solo-nuvem. Este tipo de raio se forma quando íons negativos atraem o líder, que ergue-se do chão e junta-se com os íons carregados positivamente em uma nuvem cúmulo-nimbo.